PRODUZINDO ENGENHEIRAS

Karla Saraiva

Resumo


A engenharia é, atualmente, a profissão com formação acadêmica onde a marca da masculinidade está mais fortemente enraizada. Dizer que engenharia é profissão para homens soa ainda “natural”, não se entendendo essa afirmação como problemática. Desde a escola, as marcas identitárias pelas quais se representa o gênero feminino colocam as mulheres como estranhas a esse campo e as produzem como pouco dotadas para essa área profissional. Ao decidir por um curso de engenharia, a mulher está entrando num território significado como um lugar do masculino. Mas esta ousadia tem um preço: os discursos que circulam nos cursos de engenharia, bem como as práticas não discursivas, produzem uma identidade feminina como dobra da identidade masculina hegemônica. Discutir a produção dessa subjetividade e as inscrições que se fazem sobre o corpo feminino nas escolas de engenharia é o tema abordado nesse artigo.

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